Confesso que 2012 foi ano de descobertas, mas 2013 já tem se mostrado melhor.
Janeiro foi mês de cura, de libertação de amarras de um passado bem recente. Fantasmas e assombrações interiores se despediram sem muito esforço.
O processo de cura dura quanto tem que durar. Pena que a consciência nem sempre percebe o momento que deve usar colírio para poder ver com clareza.
Quem não enxerga com clareza é denominado Cego, seja parcialmente ou totalmente.
Ou uma pessoa usa colírio depois de uma ida ao oftalmologista ou usa óculos escuros para tapar o resto da sua visão. (Imagine o oftalmo como algo que possa ter vindo à consciência; um "abrir de olhos")
O cego parcial vê sombras, vultos; nada com nitidez. No entanto, o cego coloca óculos escuros para que ninguém fique reparando em sua cegueira. Pois é... é assim que fazemos. Usa-se o colírio quando se quer ver. Quando não, usa-se óculos escuros para que ninguém repare que somos cegos. Não são óculos escuros com grau, são óculos que nos escurecem ainda mais a visão, nos dão sombras maiores, formas mais obscuras e sem brilho.
Dessa forma se molda uma barreira entre a realidade da pessoa que nos assiste e a realidade que construímos quando não desejamos mais enxergar o que nos incomoda.
Feitos do que vivenciamos, experimentamos e também do que selecionamos e deturpamos, vamos "arrumando" o mundo da nossa maneira, aos nossos costumes. O cuidado redobrado que se deveria possuir é no que mais se peca. Até que ponto estamos com vendas, anteolhos, ignorando o que o ego não aprova no mundo para que não seja refletido em nós?
Tememos encontrar aquilo que o ego não suporta, pois somos frágeis. Somos falhos. A verdade é que não somos nada. O que me surpreende é a hipocrisia com a qual lidamos - Querer sempre saber onde se erra, mas que a correção não doa. Querer mudar, mas sem custo -.
Um olhar atento, analítico e sincero capta do seu Ser o que gosta e o que não gosta, e em si e nos outros.
Para o alcançarmos a cura de fato, felizmente ou infelizmente, há um caminho que precisamos trilhar. O primeiro passo é o mais importante, pois sem ele não há abertura de espaço para os outros: Reconhecer. Dele é que vem a cura. Exige mais de "se conhecer". É a tomada de conhecimento do problema interno.
O segundo passo é o ato de dar prosseguimento contínuo à Coragem, Determinação e Disposição na busca por autoanálise.
O terceiro é justamente o Processo de cura em si; é a parte em que descobrimos o melhor para nós em conjunto com a situação e com quem está envolvido. Estabelecemos a síntese dos elementos que incorporaram o trauma e a aceitação no que implicou para que o trauma acontecesse.
Esse é um nível muito elevado. Não se apressa um processo de cura. Dependendo do trauma e de como ocorreu, pode levar meses e até anos para se findar. Afinal, esse processo ocorre num tempo determinado e cada pessoa tem seu relógio marcando os compassos. Alguns são mais devagar, outros mais rápidos no que se diz respeito a resiliência (capacidade de superação).
Sei que, para mim, descobri uma maneira para se chegar à cura no instante que coloquei meus pensamentos sinceros no papel e refleti sobre os mesmos depois de tê-los confessado a um amigo. Pensei, pensei... Cheguei a conclusão que, mais cedo ou mais tarde, passaria por isso. Eu tinha a opção de prolongar o sofrimento, continuando a isolar o ego sem querer machucá-lo, usando de mecanismos de defesa baratos, e tinha a oportunidade de enfrentar de uma vez e ser mais feliz comigo mesma, libertando o ego de amarras sociais.
Escolhi ser feliz. Não optei por ter a "razão" que meu ego sugeriu.
O ego, infinitas vezes, vai te induzir a protegê-lo do que a denunciar sua fraqueza. Cabe a cada um a pergunta pessoal: O que vamos ser agora? Corajosos ou Covardes?
Não deixe para depois o que pode ser feito hoje e resolvido para amanhã. Nosso tempo é precioso demais para guardar rancores, mágoas que corroem a alma, e nosso bem-estar é imprescindível para uma vida com consciência limpa e tomada de decisões que requerem uma mente saudável.
"é claro que vamos viver hoje, vamos viver amanhã e vamos viver depois de amanhã...isso não significa viver em sofrimento eterno" isso resume o que penso desse texto...que ÓTIMO que vc escolheu viver feliz, o seu s2 e o seu ego agradecem xD
ResponderExcluirClaro que não vamos viver em sofrimento eterno, maaaaas... adiar o que se pode fazer hoje é prolongar o sofrimento.
ResponderExcluirO ego e o s2 agradecem mesmo. hauhauhuhahaahuaha Obg Alê! ;)