terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Homeostase #1

Tenho uma percepção perfeccionista literária literal das confissões em palavras, sensações dos sentidos, às vezes falha, errônea, aguçando uma organização mental precisa na construção de significado, e é o que implica no impacto da interpretação.

Na tentativa de entender e compreender o mundo estranho, o funcionamento da maturação e atingimento dos objetivos pessoais aprovados pelo ego, persisto. Qual o percurso, rota, desvio, atalho ou abismo, que o indivíduo traçou para chegar às conclusões atuais? Um mistério que nunca se findará. Existem diversos raciocínios no planeta. Será que o comportamento se converge com outro comportamento? Com certeza. Mas até que ponto o ser humano é igual em sua essência, enganando-se a si mesmo que é diferente dos demais, e também pode modificá-la para simplificar ou complicar-se, embaralhando seu mundo e realizando tomadas de decisões que se explanarão dentro e fora de si, com consequências que conseguirá ou não lidar?

Gosto de pensar nessas abrangências. Elas abrem espaços limitantes do que é capaz determinada personalidade. Gosto das boas generalizações que não arrisquem a duplicidade de significados e significantes descritos. Aprovo veementemente uma explicação escrita e/ou falada que justifique o ser no seu real aspecto. Gosto de captar os extremos. Qual o limite do ser humano? O que o leva? Para onde ele rema? Isso se reflete muito bem nas minhas palavras. Diretas, muitas vezes confusas para leitores acomodados e desacostumados, são externalizações de descobertas recentes ou de lembranças de lições obtidas por experiências, que permanecem ecoando na minha mente pedinte de soltura. Um eterno incômodo.

Essa externalização ansiosamente necessária, com pseudos taquipsiquismos que interagem pedindo uma resposta apressada, completa e satisfaz à canalização da energia da curiosidade em excesso. Complicado. Acredito que continuará sendo. Porém, está no campo do intrapessoal e atingindo pequenas e até maiores autorregulações internas. Então transcrevo em palavras da forma que sei, que vi, aprendi e interagi, apostando que o autoconhecimento auxilie algum outro ser ao despertamento e transformação.


Tal exigência de movimentação mental tem um preço. Curiosidade extrema. Perfeccionismo. Detalhismo. Observação. Correção. Necessidade de pôr em palavras, assisti-las dançando no papel e encontrando uma à uma, finalizando em frases, textos; moldes de exemplo, conversão de moeda. Menos ao pó, que desfaz-se e o vento leva para outro lugar. E, realmente, a singularidade e a essência me atraem. A precisão. O verdadeiro. O mensurável. Variáveis liminarmente mensuráveis. Por essa razão creio que sou feita do que digo e escrevo. (Sou exigente. Perfeccionista. Detalhista. Observadora.). O ser humano tende a dizer e fazer o que ele é, ainda que não obstante do resultado. (Enfadonha, chata...)

Pensei por uns instantes sobre o que estava tentando fazer antes de escrever esse texto. E, considerando as notas mentais acima, por hoje acho que resolvo meu problema de incômodo com o seguinte aprimoramento que encontrei (fiz encontrar) pela resposta ao motivo da demanda): Quero ser escritora.

Regência

Você estava certo. Minha autossuficiência não foi embora. Ela nunca irá. Ela sou eu e eu sou ela; é como sei ser e não me privo ou me aban...