quarta-feira, 31 de julho de 2013

Mask

E, antes, passa sua célebre frase pela mente; "A melhor sensação é aquela que não precisamos resistir", e o beija.
Inspira profundamente de forma suave. Volta a beijá-lo como não fazia, para ela, há muito tempo.

Ele olha para ela e diz:
– Fugir da realidade é essencial. - e continua - Quando não tiver o que ler, escreva. Quando não tiver o que comer, invente. Assim como uma sopa fica mais gostosa e divertida com as "surpresas" que encontramos nela, ou colocamos temperos e umas torradas para incrementar. Imagino que foi assim que inventaram o cozido. - ri para dentro.

A fantasia argumenta com o autor para justificar a futura reflexão, aparentando o início do pensamento que irá direcioná-lo sozinho.

Um conjunto de lições convertidos em pessoa; Diálogo perfeito, flerte inteligente, aprendizados compartilhados de maneira sábia.

Só não condiz com a realidade. - pensa.
- Mas, "fugir da realidade é essencial". - a fantasia interfere.

Nada consegue ser perfeito. E buscar a perfeição é se amar mais do que abrir espaço para amar alguém e deixar acontecer cada parte dos seres.
Fácil amar o próximo quando esse é próximo. Desafio é enfrentar o Eu na batalha que, travadamente, sabe que tem de perder para que, o próximo, com personalidade tão distante, faça do teu coração um latifúndio.

E a outra face é dada 70x7. O adversário é perdoado.
Porque, então, não perdoar a si mesmo dos erros se não somos perfeitos?
Nossa doce ilusão é disfarçar; pensar que nos amamos o suficiente como queremos fazê-lo.

Assim, a ideia de perfeição se desfez. Ninguém é dono da verdade.
Somos mutantes que fazem a verdade, porém, a encaramos com tamanha solidez que esquecemos o quão falhos com isso nos tornamos.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Fatum

Sophia, seu alter-ego, dividiu-se da peculiaridade do fati.
Abriu a porta para o estrangeiro e fincou nova bandeira à parte.

Por ora, oferece uma flor a si mesma em brinde,
que desencadeia oportunidades de liberdade,
Ficções de paraíso, fatos contados em formato de sisos
e narrações desenfreadas com certa propriedade

Me refiro a algo mais concreto e sensibilizado,
vítima de seus próprios temores aguçados
À dissimulação e supostamente compensados
na "dor e delícia" que carrega como fardo

Quem souber, pois, que me diga quem é
que fica livre, desacostumado, e deixa este ir,
Não demora, volta, e sem permissão pedir
não retoma o desejo que fora contra a maré

sábado, 13 de julho de 2013

-1

Score negativado. Pulsões controladas. Vontade à flor da pele.
O que contribui para o impulso está visível aos olhos.
Fresco, latente; impróprio.
É uma guerra que não há empate; só o duelo em si já vence a morte.

Percepção desconstruída, cognição afetada.
O caçador percorre os sentidos à procura da caça a se fartar.

Matar o que te mata é consumir-se.
Antes que finde a saciação, derrota o orgulho e busca o ar mais puro quem acerta na medida.

Copo meio cheio e meio vazio das solidões, liberdades e hipocrisias, fazem o presente do presente dado que não se olhou os dentes.


Pra fechar a história, uma luz na consciência: Não há resgate para o tempo perdido, nem traça que não trace o vosso fato que consentirá na consequência, mas existirão oportunidades que renovam-se até que a misericórdia um dia cesse.

Regência

Você estava certo. Minha autossuficiência não foi embora. Ela nunca irá. Ela sou eu e eu sou ela; é como sei ser e não me privo ou me aban...