terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Homeostase #1

Tenho uma percepção perfeccionista literária literal das confissões em palavras, sensações dos sentidos, às vezes falha, errônea, aguçando uma organização mental precisa na construção de significado, e é o que implica no impacto da interpretação.

Na tentativa de entender e compreender o mundo estranho, o funcionamento da maturação e atingimento dos objetivos pessoais aprovados pelo ego, persisto. Qual o percurso, rota, desvio, atalho ou abismo, que o indivíduo traçou para chegar às conclusões atuais? Um mistério que nunca se findará. Existem diversos raciocínios no planeta. Será que o comportamento se converge com outro comportamento? Com certeza. Mas até que ponto o ser humano é igual em sua essência, enganando-se a si mesmo que é diferente dos demais, e também pode modificá-la para simplificar ou complicar-se, embaralhando seu mundo e realizando tomadas de decisões que se explanarão dentro e fora de si, com consequências que conseguirá ou não lidar?

Gosto de pensar nessas abrangências. Elas abrem espaços limitantes do que é capaz determinada personalidade. Gosto das boas generalizações que não arrisquem a duplicidade de significados e significantes descritos. Aprovo veementemente uma explicação escrita e/ou falada que justifique o ser no seu real aspecto. Gosto de captar os extremos. Qual o limite do ser humano? O que o leva? Para onde ele rema? Isso se reflete muito bem nas minhas palavras. Diretas, muitas vezes confusas para leitores acomodados e desacostumados, são externalizações de descobertas recentes ou de lembranças de lições obtidas por experiências, que permanecem ecoando na minha mente pedinte de soltura. Um eterno incômodo.

Essa externalização ansiosamente necessária, com pseudos taquipsiquismos que interagem pedindo uma resposta apressada, completa e satisfaz à canalização da energia da curiosidade em excesso. Complicado. Acredito que continuará sendo. Porém, está no campo do intrapessoal e atingindo pequenas e até maiores autorregulações internas. Então transcrevo em palavras da forma que sei, que vi, aprendi e interagi, apostando que o autoconhecimento auxilie algum outro ser ao despertamento e transformação.


Tal exigência de movimentação mental tem um preço. Curiosidade extrema. Perfeccionismo. Detalhismo. Observação. Correção. Necessidade de pôr em palavras, assisti-las dançando no papel e encontrando uma à uma, finalizando em frases, textos; moldes de exemplo, conversão de moeda. Menos ao pó, que desfaz-se e o vento leva para outro lugar. E, realmente, a singularidade e a essência me atraem. A precisão. O verdadeiro. O mensurável. Variáveis liminarmente mensuráveis. Por essa razão creio que sou feita do que digo e escrevo. (Sou exigente. Perfeccionista. Detalhista. Observadora.). O ser humano tende a dizer e fazer o que ele é, ainda que não obstante do resultado. (Enfadonha, chata...)

Pensei por uns instantes sobre o que estava tentando fazer antes de escrever esse texto. E, considerando as notas mentais acima, por hoje acho que resolvo meu problema de incômodo com o seguinte aprimoramento que encontrei (fiz encontrar) pela resposta ao motivo da demanda): Quero ser escritora.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Totalidade

Ler dá vontade. Vontade de simpatizar, colocar as fantasias para fora, os medos, angústias; tremores.
Uma magia que se perde no tempo-espaço do presente substancial não obstante dos desejos ansiosos.
Apelo da alma descritiva, sucinta, turva ou clara, travada ou liberta, coesa ou incongruente com pensamentos alheios ao seu redor; voz que clama por desabafo, criatividade, senso, poesia, sentido e cura para ferida.

Como num vasto oceano inundado de possibilidades, ratificam-se as verdades inconvenientes entre passos mais distantes, ligando-os, trazendo-os para perto, sem deixar o envolvimento esvair-se.
Apego. Zelo. Identificação. Eis a química do sobrevoar as nuvens da imaginação.

Obras infinitas. Licença poética, autobiografias e direitos autorais negados.
Composições de partituras inacabadas do ser eternamente em construção: livros semi-abertos de histórias rudemente entrelaçadas. Páginas viradas. Marcadas. Arrancadas. Esquecidas. Prostituídas.


domingo, 11 de agosto de 2013

Facebook

O facebook está cheio de palavras bonitas, frases de impacto e imagens expressivas estilo vintage. Todos curtem o post e isso se espalha como em um efeito manada. Será que todos irão praticar as lindas frases de efeito que leram? Que real diferença estará fazendo na vida de quem se deixa levar por postagens bonitinhas, cheias de cores e enfeites?

Que não sejamos essas pessoas.

Se uma coisa te chama a atenção é pelo impacto que ela causa em você. Não se alarde interiormente e nem se apaixone por coisas efêmeras que ao primeiro brilho se esvai. Seja crítico. Pois, se pensares bem, verás que a melhor mensagem - melhor conteúdo - está naquilo que tens intenção de praticar e PRATICA. Seja isso simples: pobre de fogos de artifício.

Tudo que chama a atenção demais é pra compensar uma falta. (de conteúdo, de espaço totalmente vazio... de pessoas que não buscam o verdadeiro conhecimento e, sim, para apenas mostrar que tem uma parcela de sabedoria encontrada em meio de atos insensatos.)

Superficialidade é onde 95% se encontra.

Lembre-se sempre: coisas vazias fazem alardes emocionais,
porque as pessoas se identificam com coisas vazias e fazem alardes - superficiais - com um alto teor demonstrativo de potencial que não possuem.




quarta-feira, 31 de julho de 2013

Mask

E, antes, passa sua célebre frase pela mente; "A melhor sensação é aquela que não precisamos resistir", e o beija.
Inspira profundamente de forma suave. Volta a beijá-lo como não fazia, para ela, há muito tempo.

Ele olha para ela e diz:
– Fugir da realidade é essencial. - e continua - Quando não tiver o que ler, escreva. Quando não tiver o que comer, invente. Assim como uma sopa fica mais gostosa e divertida com as "surpresas" que encontramos nela, ou colocamos temperos e umas torradas para incrementar. Imagino que foi assim que inventaram o cozido. - ri para dentro.

A fantasia argumenta com o autor para justificar a futura reflexão, aparentando o início do pensamento que irá direcioná-lo sozinho.

Um conjunto de lições convertidos em pessoa; Diálogo perfeito, flerte inteligente, aprendizados compartilhados de maneira sábia.

Só não condiz com a realidade. - pensa.
- Mas, "fugir da realidade é essencial". - a fantasia interfere.

Nada consegue ser perfeito. E buscar a perfeição é se amar mais do que abrir espaço para amar alguém e deixar acontecer cada parte dos seres.
Fácil amar o próximo quando esse é próximo. Desafio é enfrentar o Eu na batalha que, travadamente, sabe que tem de perder para que, o próximo, com personalidade tão distante, faça do teu coração um latifúndio.

E a outra face é dada 70x7. O adversário é perdoado.
Porque, então, não perdoar a si mesmo dos erros se não somos perfeitos?
Nossa doce ilusão é disfarçar; pensar que nos amamos o suficiente como queremos fazê-lo.

Assim, a ideia de perfeição se desfez. Ninguém é dono da verdade.
Somos mutantes que fazem a verdade, porém, a encaramos com tamanha solidez que esquecemos o quão falhos com isso nos tornamos.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Fatum

Sophia, seu alter-ego, dividiu-se da peculiaridade do fati.
Abriu a porta para o estrangeiro e fincou nova bandeira à parte.

Por ora, oferece uma flor a si mesma em brinde,
que desencadeia oportunidades de liberdade,
Ficções de paraíso, fatos contados em formato de sisos
e narrações desenfreadas com certa propriedade

Me refiro a algo mais concreto e sensibilizado,
vítima de seus próprios temores aguçados
À dissimulação e supostamente compensados
na "dor e delícia" que carrega como fardo

Quem souber, pois, que me diga quem é
que fica livre, desacostumado, e deixa este ir,
Não demora, volta, e sem permissão pedir
não retoma o desejo que fora contra a maré

sábado, 13 de julho de 2013

-1

Score negativado. Pulsões controladas. Vontade à flor da pele.
O que contribui para o impulso está visível aos olhos.
Fresco, latente; impróprio.
É uma guerra que não há empate; só o duelo em si já vence a morte.

Percepção desconstruída, cognição afetada.
O caçador percorre os sentidos à procura da caça a se fartar.

Matar o que te mata é consumir-se.
Antes que finde a saciação, derrota o orgulho e busca o ar mais puro quem acerta na medida.

Copo meio cheio e meio vazio das solidões, liberdades e hipocrisias, fazem o presente do presente dado que não se olhou os dentes.


Pra fechar a história, uma luz na consciência: Não há resgate para o tempo perdido, nem traça que não trace o vosso fato que consentirá na consequência, mas existirão oportunidades que renovam-se até que a misericórdia um dia cesse.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cálice e Alice

Seu Eu fora mordido pelo jogo do perigo
entre dizer sim e não, ao menos arriscar a vez
da paz que não se vê do pensamento que contigo
caminha por entre as veredas da surdez

Espaços vazios estampados na melhor faceta,
observados por quem enxerga atentamente
a discórdia interna interessante de asceta,
ludibriada na neurobiologia inconsciente.

Afetado na defesa de fantasmas não vencidos,
extinguira o que tomara para si como Alice,
promovendo cura aos membros perdidos
no embate sinfônico regido do "Cale-se, Alice!".

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Over There.

Virar uma página é superação. É ter amor próprio.
Virar A página é qualidade de quem respondeu pelos atos de conquista.

Virar uma página é consolidar um março.
Virar A página é mais de você e menos do mundo.

Virar uma página é sentir indo embora.
Virar A página é um degrau para a felicidade.

Virar qualquer página qualquer um faz.
Virar A página faz saber que só o sábio conseguiu.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Essentia

Uma ínfima poeira flutua e percorre sua rota em direção à janela, rasgando suavemente o fluxo de ar.
De tão insignificantemente improvável que é o fato de rasgar o céu, subestima-se o potencial porque a vemos incapaz e pequena.


Nos grandes frascos há diluição, impureza e escassez. O líquido dissolve no ar quando exposto a outrem. É forte, porém camuflado.

Nos pequenos frascos há variedade de elementos que compõe o perfume tão singular. Há essência própria, não diluída outrora, mas subtraída destes males. Somente ela se faz necessária. Como concentrada em si, não se acha valor maior.
Contagia. Impregna. Traz pra si olhares e faros que distinguem um bom perfume. Inebria. Impacta. Diferencia dos demais.

Mel ou fel, amargura ou amor, docilidade ou dor, bom ou mal; atitudes provenientes do ser, definem e rotulam quem realmente somos pela intencionalidade, pois essa é essência.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Thank you

O acaso não permite porque o caso não existe.
Agradecimentos imersos, devotos da materialização do sonho, percorrem lábios que não proferem a quem, mas ao nada.
Indeferido, é como o vento que passa, se sente; não invade.
Leva-se, no pior, o orgulho. No melhor, uma pura intenção em que o autor fora esquecido.

Aos que prosseguirem pela indiferença ao Nome, deixará de ganhar outro nome.
E os que aderiram uma palavra de crédito ao remetente correto, lhes será concedida a oportunidade das oportunidades.
Aceita se quiser. Crê se convém ao saber.

A conveniência, mais uma vez, mostra sua arma contra o invisível.
Usá-la requer entendimento e sabedoria.
Escudo ou espada, é uma defesa pronta que os olhos hão de filmar.
Se produz aos montes e com barreiras, apois, quem tentará lutar contra si diante da enxurrada de senso comum?
Guerreiros estão escondidos por baixa da camada casca social.

Descubra-os e descubra-os.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Móvel

Abrir caixas é desenterrar passados; arquivos mortos.
Abrir a janela é aceitar a chuva de críticas.

A quantidade de gavetas que não queremos abrir é congruente com a de janelas que não serão abertas?
O espaço é contabilizado de medo, receio, perda, dano e do que pode entrar para preencher o espaço antes desperdiçado.

O que guardamos são nossos maiores temores.
Dívidas com nosso próprio Eu por não solucionar pendências.

Os dias correm. As caixas que eram miúdas transformaram-se gavetas que trancamos a chave.
Me refiro a segredos tão bem protegidos que preferimos não tocá-los, aprisionando o Eu.

A proporção do medo condiz com o tamanho do cofre;
De armário de madeira para metal, o que se vê é a camuflagem.

O espaço da felicidade se encolhe, vai compactando para o ajuste do cômodo.
Preciso de mudanças! - exclama o dono do imóvel.

Este arruma o quarto. Renova o ambiente. Deixa o ar entrar pela janela.
Afasta as cortinas. A chuva bate e molha o carpete; Continua trazendo o frescor de aroma do campo. O lar está arejado. O coração está limpo de mágoas e rancor.

Plantou-se o amor.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O que é o que é?

A escrita alheia é ambiciosa, mas não é vivida.
De que vale o texto se o autor engana o leitor com ficção?
São "leis" apregoadas de jeito expansivo, porém, não obtém sabedoria ou glória nisso.
Um a um, permitindo-se neoconstituições do prazer da vida.
O ego infla. Voa de balão. Não dá vazão à razão, mas à sua própria vontade.
Curte tudo que é lícito do ilícito. Apraz-se na efemeridade e aponta o dedo ao que não deseja seguir.

É um circo no lugar que um palhaço reconhece o outro apesar do comportamento de zoológico. Todos almejam causar impacto. A vida permanece vazia.
E assim prossegue a saga mórbida do Ser humano rumo ao obscuro findar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

"Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo." - Frases de efeito #1

Prefiro ser metamorfose até me tornar, não aquilo que quero agora, mas aquilo que vou estar feliz em ser quando alcançar uma ideia maior de conhecimento sobre mim.

"A gente aprende até morrer", como diz minha avó. Estamos em constante metamorfose. Hoje, Amanhã... Somos apanhadores de sonhos dos outros. Alguns coletam lixo enquanto outros caçam diamantes.

Apanhar sonhos é roubar experiências. (não no sentido literal, mas no poético.) Quando estamos compartilhando experiências com alguém, elas estão sendo roubadas. Poderíamos estar desfrutando sozinhos, mas parte dela é usufruída por alguém. Em termos, "emprestamos". Contudo, como não houve uma autorização, digo que é roubo. Nem tudo que é compartilhado é autorizado. Ninguém quer autorizar aquela vizinha fofoqueira participar do seu convívio social, mas enquanto ela permanece quietinha no canto dela por nós está tudo bem. Portanto, é "roubado". (risos)

Desse modo, vamos escolhendo as experiências que nos agradam. Selecionamos a vivência particular que não existe em nenhum outro universo. [O que não acontecerá de novo. Pelo menos não do mesmo jeito.] A casa que compramos, o tapete que ganhamos,... o que faz parte do nosso redor e é compartilhado.


As vivências sugadas desse lugar ao derredor atraem boas ou más lições. Vou citar um exemplo: meninos gêmeos que passeiam com a mãe na calçada. A mãe segura cada um por uma mão, fazendo com que cada menino capte um olhar diferente ao seu redor. O menino que estava à esquerda da mãe, voltado para a rua, vê carros estacionados e consegue ver seu reflexo neles a medida que tenta se aproximar. Já o menino do lado direito, observa as mazelas de um mendigo. O primeiro gêmeo terá uma experiência diferente do que foi proporcionada para o segundo. Terão possíveis pontos de vista diferentes, focos diferentes, a partir de uma única vivência ainda que seja por pouco período de tempo. Um terá maior probabilidade em se tornar narcisista e o 2° gêmeo terá tendência a ser altruísta.

Tais experiências que perseveramos em roubar e/ou obter, são as que nos definem. Se desenrolam conforme as antigas são consumidas e sua expectativa relacionada com elas. Por isso, cada ser busca pelo o que reserva dentro dele. Ocorre uma identificação entre o ser e o meio externo com a atual situação ou a busca persiste.
Nós fazemos pelo o que somos. Fazendo de um jeito certo ou errado, o propósito é: encontrar no mundo um resultado reflexo de nossas atitudes.

Se estamos com um caráter errado perante o que é ensinado pela família e negligenciamos princípios, catamos lixo, pois é o que reside em nós; Lixo tóxico. Dele não se aproveita, não recicla, e contamina as boas correntes que por ele passam. Se insistimos em honestidade, humildade e temos atitudes que comprovam o envolvimento em experiências de progressão, somos como diamantes; Raros e resistentes.

Assim, acumulam-se dentro do homo sapiens os resíduos eliminatórios das dualidades, havendo a oportunidade de passar pro lado oposto quando quiser, adquirir conhecimento, lições da vida, dentre demais coisas.

A frase "A gente aprende até morrer" significa guardar ensinamentos. (Como já dizia Platão: "Aprender é mudar posturas") Exemplo: estudar matérias na escola/faculdade para que tenha conhecimento da natureza da mesma e mudar, acrescentar conceitos práticos e aplicá-la na área de atuação. Ou também passar por um período de crescimento emocional tirando uma razão ou ensinamento por causa da problemática que foi dada. De um jeito único, reformular a psiquê e as atitudes, é necessário um ensinamento. Aprender por si só ou aprender com os erros dos outros. (Sim, aprendemos com os erros dos outros. Essa é uma qualidade de quem caça diamantes. Se for esperto, não cairá na mesma armadilha que assistiu alguém cair.)

É preciso estar em constante evolução, aprimorando para o que é melhor e não para o que temos preguiça de ser. A preguiça nos distancia do foco, do sonho em particular. Pensar que chegamos ao ponto chave da questão é tornar-se preguiçoso em alcançar novos objetivos, é acomodar-se na situação, é estagnar o propósito, é atrasar os planos que um dia foram idealizados.


Mudanças que nos remetem à evolução são interiores e, consequentemente, exteriores. Servem, primeiramente, para fazer uma faxina por dentro e jogar fora tudo aquilo que puxa para atrás, que impede o potencial, que constrói muros e faz barreiras com pré-conceitos. Mudanças servem para nos refinar como diamantes, para nos tirar do lixo tóxico da tendência existencialista(: o ego)

Afinal, qual fruto brotará amanhã para colhermos? O que plantar hoje, amanhã nasce. Do que nascer irá crescer. Do que crescer irá colher. E do que colher iremos comer, seja mel ou seja fel.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Apenas um toque

Quanto mais as coisas acontecem e penso que são para meu mal, na realidade é para trazer o alívio da cura emocional. Me sinto até mais "leve" agora. A pressão saiu de campo para deixar a inspiração se aspirar.

É a prova que nada deve ser controlado ao extremo, como um sufocamento da alma. Eu estava presa à uma concepção por medo de não cumprir minhas vontades. Imaginei que a melhor saída seria controlar dia após dias o que seria dito, escrito e revisado. Mas, como atender às demandas da inspiração?
Iria me abarrotar de rascunhos que, sinceramente, acho que não seriam publicados. Isso por causa do receio de não ter o que publicar, de eu mesma limitar minha inspiração, que na verdade, já estava fazendo isso e não tinha me dado conta. Essa situação toda por motivo de um "achismo" que iria esquecer novamente da minha prioridade de escrever.


Como somos "visionários" em nossas alçadas, estipulando prazos para que coisas sejam cumpridas, mas acabando não fazendo o exercício das mesmas. Tudo é cogitado, mas nem tudo é responsivo.

A grande diferenciação que se dá é a forma metódica que tomamos partido sem nos próprio avisar. Aparentemente tão natural, mas decisivo. O preço que se dá é o que se paga; a lei sendo feita com nossas mentes encarceradas. Nada do esperado foi fielmente concretizado. Causou danos.

A falta de liberdade de expressão que havia reprimido toques de consciência, não são mais aplicados. A liberdade que obtive hoje não teve preço. A alma não tem preço para os veios da sabedoria.

Não houve triste parte. Não houve triste fim. O renovo foi dado. A mente, ora preocupada, neste momento pensa nos próximos contextos sem aprisionamento.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Kallípolis

Para a estrutura de um castelo, exige-se uma boa fundação; O ideal certo.
Atender à vã filosofia mundana incita em construirmos um castelo de fraca segurança.
O inimigo bate e a construção tomba.

Não somos imunes aos ataques, porém podemos dificultar seus reflexos em nós.

Os castelos que se firmaram em pedras bonitas, porém porosas, não resistem às águas. Desabam nas primeiras marés altas. Os que se firmam em vergalhões, a maresia corrói.

Entretanto, os sábios tem seu castelo formado e firmado na rocha para que ele não envergue e não desfaleça. As janelas são abertas para que a luz possa entrar e penetrar nos cantos mais obscuros. Não há sombra que fique escondida. Guardas vigiam o que sai e o que entra. Não existem calabouços nem correntes que façam prisioneiros.

Os tijolos precisam ser selecionados, pois esses são como lições que foram aprendidas.
Ora, um castelo não pode conviver com tijolos podres, caídos e em mau estado de conservação. É necessário uma manutenção. O poço precisa estar limpo, a bandeira hasteada e a nobreza bem servida.

Tudo conforme e em seus devidos lugares, a paz habita. O Rei fica cordial com sua rainha, que atentamente ouve suas catarses; sua filha e princesa, atendendo seus caprichos e ensinando-lhe a crescer; e também, porque não (?), com seus servos que trabalham em favor da existência do Rei.

Fluindo, mantém-se a ordem dos eixos primordiais.
O castelo cresce. O vilarejo se povoa de colheitas fartas.
Do efêmero jamais obteve-se, mas absteve-se. Construído foi em 1992 por um grande arquiteto. Fortificado através dos anos e aperfeiçoado com as adversidades.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Quem não tem colírio usa óculos escuros" - Falando sobre Velhos ditados #1

No ano de 2012, incrivelmente não criei nenhum post. Não que o ano não tenha sido produtivo, mas o tempo foi regido pela preguiça e pelo esquecimento.

Confesso que 2012 foi ano de descobertas, mas 2013 já tem se mostrado melhor.
Janeiro foi mês de cura, de libertação de amarras de um passado bem recente. Fantasmas e assombrações interiores se despediram sem muito esforço.


Dizem que quem não tem colírio usa óculos escuros. Estou observando isso por um ponto de vista diferente.
O processo de cura dura quanto tem que durar. Pena que a consciência nem sempre percebe o momento que deve usar colírio para poder ver com clareza.
Quem não enxerga com clareza é denominado Cego, seja parcialmente ou totalmente.
Ou uma pessoa usa colírio depois de uma ida ao oftalmologista ou usa óculos escuros para tapar o resto da sua visão. (Imagine o oftalmo como algo que possa ter vindo à consciência; um "abrir de olhos")

O cego parcial vê sombras, vultos; nada com nitidez. No entanto, o cego coloca óculos escuros para que ninguém fique reparando em sua cegueira. Pois é... é assim que fazemos. Usa-se o colírio quando se quer ver. Quando não, usa-se óculos escuros para que ninguém repare que somos cegos. Não são óculos escuros com grau, são óculos que nos escurecem ainda mais a visão, nos dão sombras maiores, formas mais obscuras e sem brilho.
Dessa forma se molda uma barreira entre a realidade da pessoa que nos assiste e a realidade que construímos quando não desejamos mais enxergar o que nos incomoda.

Feitos do que vivenciamos, experimentamos e também do que selecionamos e deturpamos, vamos "arrumando" o mundo da nossa maneira, aos nossos costumes. O cuidado redobrado que se deveria possuir é no que mais se peca. Até que ponto estamos com vendas, anteolhos, ignorando o que o ego não aprova no mundo para que não seja refletido em nós?

Tememos encontrar aquilo que o ego não suporta, pois somos frágeis. Somos falhos. A verdade é que não somos nada. O que me surpreende é a hipocrisia com a qual lidamos - Querer sempre saber onde se erra, mas que a correção não doa. Querer mudar, mas sem custo -.
Um olhar atento, analítico e sincero capta do seu Ser o que gosta e o que não gosta, e em si e nos outros.

Para o alcançarmos a cura de fato, felizmente ou infelizmente, há um caminho que precisamos trilhar. O primeiro passo é o mais importante, pois sem ele não há abertura de espaço para os outros: Reconhecer. Dele é que vem a cura. Exige mais de "se conhecer". É a tomada de conhecimento do problema interno.
O segundo passo é o ato de dar prosseguimento contínuo à Coragem, Determinação e Disposição na busca por autoanálise.
O terceiro é justamente o Processo de cura em si; é a parte em que descobrimos o melhor para nós em conjunto com a situação e com quem está envolvido. Estabelecemos a síntese dos elementos que incorporaram o trauma e a aceitação no que implicou para que o trauma acontecesse.
Esse é um nível muito elevado. Não se apressa um processo de cura. Dependendo do trauma e de como ocorreu, pode levar meses e até anos para se findar. Afinal, esse processo ocorre num tempo determinado e cada pessoa tem seu relógio marcando os compassos. Alguns são mais devagar, outros mais rápidos no que se diz respeito a resiliência (capacidade de superação).

Sei que, para mim, descobri uma maneira para se chegar à cura no instante que coloquei meus pensamentos sinceros no papel e refleti sobre os mesmos depois de tê-los confessado a um amigo. Pensei, pensei... Cheguei a conclusão que, mais cedo ou mais tarde, passaria por isso. Eu tinha a opção de prolongar o sofrimento, continuando a isolar o ego sem querer machucá-lo, usando de mecanismos de defesa baratos, e tinha a oportunidade de enfrentar de uma vez e ser mais feliz comigo mesma, libertando o ego de amarras sociais.
Escolhi ser feliz. Não optei por ter a "razão" que meu ego sugeriu.

O ego, infinitas vezes, vai te induzir a protegê-lo do que a denunciar sua fraqueza. Cabe a cada um a pergunta pessoal: O que vamos ser agora? Corajosos ou Covardes?
Não deixe para depois o que pode ser feito hoje e resolvido para amanhã. Nosso tempo é precioso demais para guardar rancores, mágoas que corroem a alma, e nosso bem-estar é imprescindível para uma vida com consciência limpa e tomada de decisões que requerem uma mente saudável.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Câmbio

Pagar o mal com o mal é ser vingativo, rancoroso e traz maledicência, dificultando a cura de quem recebeu o mal primeiro e até de quem recebeu depois.

Quem paga o mal com mal, adoece.
Quem paga mal com mal deixa de ser feliz, se priva de outros problemas provenientes de suas ações.
Quem paga mal com mal se torna mais estressado, cansado de seu corpo e mente tanto fugir do problema que deu prosseguimento e poderia ser resolvido, mas não foi.
Quem paga mal com mal quase não respira. Não há paz interior.
Quem paga paga alguma coisa a alguém. Se paga bem ou paga mal, a consciência lhe dirá por meio de suas ações.

Devemos mostrar que somos diferentes e não aparentar uma imagem errada de nossa personalidade só porque validamos falsamente o argumento de "balas trocadas não dói" pelo motivo de querer saciar a vontade de ver o outro pagar pelo o que fez.

Essa troca de moeda é o atraso de vida em que você mesmo se prejudica.


"Quem sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado." Tiago 4:17

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

MindBlowing

Preciso ficar sozinha com minhas palavras para que elas façam mais sentido,
Beber da fonte que me trai, filtrando sua potencialidade.

Quantas águas mais até a sabedoria?
Deixo fluir sem forçar o superego.

A genialidade tem muito a ver com o libertar as palavras no papel
e organizar as ideias.

Um verso de cada vez, de cada suspiro, regando a fertilidade:
Coisas ditas e não-ditas vão reconstruindo o mundo.

Nada repuxado à mente, mas entrelaçado em fio de meadas.
O dono vai fazendo seu papel muito bem feito.

Ameaças surgem do prévio antes não esperado.
O receio dos comparsas se torna mais banal e inaceitável.

Quando o incômodo vai embora é porque o incomodado
solucionou o enigma. O hospedeiro partiu.

A partir de agora, é uma questão de movimento.
Os traços foram traçados e não há mais opções.

O corpo fará o que a consciência não quer.
Senão fizer, em vão pôs suas forças a trabalhar.

Aí está um sujeito definido e o que o define: um nível a mais ou
a menos em sua conduta na guerra contra si próprio.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Uma noite, 5 ensinamentos.

Um dia cheguei na igreja para ouvir a palavra de Deus em uma igreja que não ia há muito tempo e recebi um ensinamento valioso. (Não era dia de culto, mas no dia imaginei que fosse, pois em algumas igrejas os dias são diferentes e, como encontrei a porta aberta, resolvi entrar.) Ali estavam a Pastora da igreja que eu não via há um bom tempo e uma irmã que não conhecia.

Nesse ponto eu estava prestes a conhecer a primeira lição que Deus ia me dar naquele dia.

A Pastora me viu e disse: Priscilla! Tudo bom?
Eu tinha dito que sim, mas estava curiosa sobre a igreja estar vazia. Só havia a pastora e essa irmã.
- É dia de ensaio, mas senta aí!
- Mas pastora, se não é dia de culto...
- É o que é que tem? Senta aí que vou te perguntar uma coisa... - disse me cortando.
- Priscilla, como você explicaria Jesus? Como você me apresentaria Jesus?
- Ora, pastora... Jesus é quem intercede pela minha vida, assentado ao lado do trono de Deus, é quem... (a pastora interrompe)
- Mas a pessoa dele eu conheço. E como você apresentaria pra quem não conhece?
- Aaaah...
- Então!

Fiquei pensando por alguns segundos e respondi:
- Jesus é como o Amor!
A pastora perguntou: Como assim?
- Você vê o amor?
- Não.
- Mas você pode sentir o amor?
- Sim.

[Ela sente o amor porque tem Jesus, pois Deus é o amor.
"Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor." 1 João 4:8
E ninguém vem ao Pai (Deus), senão pelo Filho (Jesus).
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6]

- Então... você pode sentir o amor nas atitudes das pessoas, na forma como fala, no testemunho que dá, e assim é Jesus; você pode senti-lo nas pessoas na forma como elas dão testemunho natural de suas vidas, ou seja, como falam, como Deus age, como elas se deixam ser usadas pelo Espírito Santo, como Jesus é misericordioso em suas vidas, e também na forma como se portam, como falam, andam, vestem... Esse é o testemunho vivo da nossa vida.
- Hmmmm... muito bem. Gostei! Muito explicado! (risos) Agora posso te explicar da minha forma?
- Claro!
- Vamos lá... - girou o vento do ventilador todo pra mim - Você vê esse vento?
- Não - respondi.
- Consegue sentir esse vento?
- Consigo!
- Consegue abraçar o vento?
- Não...
- Claro que não... O vento é que te abraça. O vento é que vem até você.

[O vento é que vem até nós, o sentimos, e depois é que podemos ir mais proximamente (estar mais íntimo) de encontro a ele.
"Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro." 1 João 4:19]

- Hmmmmmmmm.... Entendi. Boa explicação. (risos)
- Entendeu?
- Entendi. Boa forma de explicar.
- Agora vamos ver outra forma de explicar a uma pessoa que não conhece Jesus como é a vida sem Jesus... 

A pastora apaga as luzes e fico apreensiva. Ela fala: Você vê alguma coisa?
Eu digo: Quase nada.
Ela retruca: É assim mesmo. É assim mesmo que vive uma pessoa sem Jesus. Não tem luz na vida, a luz que é Jesus.
Nesse momento brotaram diversos exemplos de frases que eu poderia usar para me expressar sobre Jesus, como:
"Tá vendo alguma coisa? É isso. Nós sem Jesus não enxergamos nada. O que você pode vislumbrar é uma sombra de algo que acha que viu, algo que acha que conhece, mas só com Jesus você conhece a verdade.","Sem Jesus não podemos tomar direção já que não sabemos o caminho. Estamos cegos."

["Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6
O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 2 Coríntios 4:4]

E continuei imaginando... E a pastora continuou seu ensinamento: Agora quando acendemos a luz... A LUZ! Jesus Cristo! O entendimento, a sabedoria, a vida!


Essa foi a primeira lição: Como falar de Jesus para quem não o conhece. Exemplos que me fizeram pensar em outras formas de como eu poderia apresentar Jesus e que as pessoas entenderiam facilmente.

Fiquei muito satisfeita com esse ensinamento que ela tinha me passado. Muito mesmo. Depois a pastora foi perguntando a cada irmã que chegava para o ensaio (na verdade não tinha culto. Era dia de ensaio e eu tinha ido porque a porta estava aberta) como ela poderia apresentar Jesus para uma pessoa que não o conhecia.
Cada irmã foi falando da sua maneira e, apesar de todas terem uma ótima explicação, no começo elas (e eu) nos enrolamos por alguns segundos. Me fez refletir em como devemos estar sempre preparados para falar do amor de Deus para alguém. Não podemos vacilar. Já que lemos a bíblia constantemente, conversamos com Deus diariamente, temos de dominar o assunto e saber destrinchá-lo no nível preciso de cada pessoa que Deus pode colocar em nossa vida.
Falar de Deus com quem está no mesmo nível de conhecimento e entendimento é fácil como falar com um colega de faculdade quando se quer discutir a matéria. Difícil é o momento em que te pegam despreparado para falar daquilo que mais sabe a uma pessoa que não sabe de nada. É quase como querer dar uma palestra em um tempo curtíssimo falando o mínimo de termos científicos possíveis, explicando e exemplificando tudo a quem assiste. Impossível? Não, mas exige uma preparação mais do que básica. Devemos reservar um tempo de preparo para cada tipo de "público" que queremos falar de Deus e que Ele irá nos presentear para que ouçam de Jesus. Se somos excelentes em falar de Deus com o irmão, também devemos ser brilhantes e claros ao falar do amor que Ele preparou para nós. O resto deixe com o Espírito Santo que é quem convence. Façamos a nossa parte e façamos bem-feita!


Essa foi a segunda lição que Deus me deu neste dia: Estar sempre preparada para falar da palavra dEle pra alguém, seja esse alguém um cristão que está afastado, um não convertido, um rebelde, um cristão que está dentro da vontade de Deus, etc. Quem for não importa. Esteja preparado para falar "em qualquer língua" em que Deus colocar o desafio pra você.

Depois de todo o ensinamento, as irmãs do louvor ensaiaram sua música. Uma música, porque a outra estava em outro cd que a pastora não tinha encontrado. Foi coisa de Deus. Vou contar pra vocês.

Eu não estava com nada na mente e a pastora me chamou pra louvar. Caramba, eu louvar? Eu sei louvar, já louvei em coral, mas não tinha nenhuma música em mente e nenhum cd pronto comigo. Pois bem, eu tinha recebido do Pai e queria deixar as pessoas de mãos vazias? Não pode, né!? Aí vai o terceiro e quarto ensinamento.

Louvei um hino da Harpa que Deus colocou em minha memória: 578. Esse Hino é aquele "As ondas atendem o meu mandar... Sossegai!" (Veja aqui o hino: http://www.harpacrista.org/hino/578-sossegai/) Enfim, quando terminei de louvar, percebi que algumas irmãs sentiram fortemente a presença de Deus. Pensei "Que bom. Deus me usou. Eu que nunca pensei que me usaria assim."


O terceiro ensinamento que recebi foi: Nunca vá à igreja de mãos vazias, pois Deus não te despede de mãos vazias. Claro que se você ficar "ligadinho" com Ele óbvio que terá renovo, cura, restituição e tudo aquilo em que Deus quer te suprir. Mas, se não tiver, aí já é pedir demais. Tem que ir na casa de Deus com propósito. Propósito pra receber e propósito para dar, porque Deus é misericordioso sempre conosco quando queremos ver aquele irmão sendo usado pra gente... mas e a gente? Deus não usa? Claro que usa! Quando deixamos ser usados, quando buscamos a Ele e quando estudamos.



Eis aí o quarto ensinamento: Deus nos usa quando estudamos. Deus nos fará lembrar do que estudamos.
Imagina você indo fazer aquela prova da escola/faculdade e não estudado absolutamente nada. Na hora que pode estudar você estava dormindo. O tempo pra estudar estava curto, pois você tinha aquele compromisso. Saiu tarde do trabalho, foi com a namorada/namorado em tal lugar, foi resolver as coisas na rua e... aí? Cadê o tempo pro estudo? Bem que na hora da prova bate aquela culpa de "Caramba, eu deveria ter estudado" ou "Deveria ter estudado mais essa matéria". Mas aí já era, né? Cabe agora ao Espírito Santo milagroso reviver coisas em sua cabeça que estavam quase apagadas, já que você não as tinha estudado desde a aula ou desde sei lá quando. Claro que não! Você faz a sua parte e Deus faz a dEle! Lembra que falei isso antes? Deus pode até te fazer lembrar de algo passado e difícil pra te dar a ajuda que precisa pra passar na prova, mas... cada um com seu esforço. Deus não age sozinho. Deus faz o impossível só quando você já se esforçou pra fazer o possível, senão pra que Deus vai fazer o impossível se você nem tentou o possível? Assim é a mesma coisa com a palavra de Deus e na vida. Nada vem sem esforço. Nós temos de estudar a palavra de Deus e meditar nela assim como estamos estudando pra uma prova. A prova acontece quando Deus nos coloca À PROVA. E é dessa maneira: À frente de um ministério, nos preparando para pregar, louvar, dançar no grupo de coreografia, nos preparando para adorá-lo, nos preparando para sermos melhores professores para a classe das crianças, do jovens, dos adultos, na classe que Deus te colocou pra ensinar da palavra dEle. É desse jeito que Ele está vendo nossa intimidade diária com Ele e como nos saímos no empenho que damos a quem deu seu único filho. Finalizando o quarto ensinamento: Você tem de estudar a palavra para poder pregá-la e, assim, o Espírito Santo irá te trazer a memória aquilo que você leu, meditou e buscou para trazer às suas almas.

A quinta e última lição que Deus me deu foi no final do culto. Uma colega minha de faculdade, Natália, tinha comentado sobre o assunto comigo, mas foi naquele dia de culto que Deus me alertou.

Perceberam que eu falei "final do culto" e não "final do ensaio"? Aquele era pra ser um ensaio normal e ali se fez um culto. Foi mais que um ensaio de adoração para o culto, foi um culto de verdade. A pastora fez se tornar um culto, pois dirigiu e direcionou o ensaio até que se tornasse um culto. Todos nós pudemos desfrutar daquele momento que simplesmente fluiu como brisa no ar. Foi sutil e não pareceu nada plástico ou forçado. No final, a pastora contou a história de que um dia alguns visitantes chegaram tarde para o culto e ela já estava fechando a igreja. Um homem que vinha na frente, disse:
- Pastora, abre as portas que o pessoal chegou!
- Mas o culto já acabou! - ela disse num tom de "o culto acabou. não se pode fazer mais nada."
- Não! ...Abra as portas porque esse povo veio de longe pra participar do culto e vai participar do culto!
- Tá bom... - disse depois de ter pensado um pouco e ter concluído que o pessoal deveria assistir, pois vieram pra isso, e também que não tem hora errada quando é Deus que envia pra ouvir sobre a Sua palavra.
Ela abriu as portas, chamou os irmãos que moravam ali perto para ajudar nesse outro culto (inclusive ela e o pastor da igreja, seu marido, que moravam logo ali do lado da igreja) e fizeram outro culto para aqueles que vieram de muito longe e não conseguiram chegar antes.


Quinto ensinamento: Deus manda a hora que Ele quer. Se chegou atrasado ou se chegou na hora, tanto faz. A responsabilidade é dada a quem está de frente da obra, do ministério, quem está ajudando, ou seja, a igreja. A responsabilidade é da igreja e a igreja somos nós. Nós devemos atender quando Deus manda a qualquer hora. O oleiro que fez o barro é que sabe da sua utilidade. Esse mesmo oleiro é o que enche o vaso de azeite quando o vaso precisa. Somos ferramentas de Deus para serem usadas nos momentos que Deus quer: sempre em Sua dispensação.
O culto que prestamos não precisa estar dentro da igreja, necessariamente, podemos fazer o culto em nossa casa em ações de graça. Claro que devemos ir sempre à igreja para aprendemos muito mais sobre Deus. O que eu quero dizer é que o culto não deve depender de igreja, e sim de nós. Nós devemos estar prontos para fazer um culto para nosso irmão, chamar nossos amigos, fazer aquela reunião de jovens (ou adultos) e ir na casa desse irmão para alegrá-lo, mostrar apoio e mostrar que Deus nos escolheu, somos separados, para falar desse amor. Não se deve ter hora nem lugar para adorar a Deus e a Ele render glórias. O tempo é agora, o "onde" é aqui. Nós fazemos a igreja e o culto nós prestamos a Ele.

["Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo,
O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas;
A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;
Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.
A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo,
E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo;" Efésios 3:4-9]

Que Deus nos ilumine com esses ensinamentos e que nunca possamos nos esquecê-los!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Degeneração

Falar palavras bonitas, colocá-las no papel, mas acima disso, vivê-las é a maior prova de hipocrisia nas redes sociais.

A hipocrisia aumentou ou será que também o senso de concordância de que as pessoas precisam para se sentirem aprovadas, tendo seu ego facilmente alimentado?

A ilusão é uma constante perda de tempo real da qual não mais se verá e viverá como se houvesse a perda de tempo.
Apenas se lamentará imaginando o que teria ocorrido e em que status emocional, espiritual e financeiro se encontraria caso não cedesse à ilusão.

Tudo está intimamente interligado. Para alguns fará sentido somente no fundo no poço.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Pragma

A mensagem que lhe mando todos os dias é subentendida.
Fica no ar o amor, carinho e apego.
A saudade que sinto de ti transborda e dela é o que mais me recorda
Dos carinhos, do seu colo, o sossego.




Regência

Você estava certo. Minha autossuficiência não foi embora. Ela nunca irá. Ela sou eu e eu sou ela; é como sei ser e não me privo ou me aban...