domingo, 31 de janeiro de 2010

Humanos

Bom, mal comecei e já perdi a vontade de fazer o novo blog =/
É tanta coisa junta que me atrapalho. Não sei como existem pessoas que conseguem manter 3, 4 perfis no orkut, Blogs, MySpace, Fotolog... Pessoas populares e que não tem o que fazer(?)
A questão é que nossa paciência é diferenciada pra certas coisas, e nossos interesses também. Graças a Deus, né.
Imaginem só; todos iguais, mesmo aspecto, mesma visão, mesmos gostos. Chato só de pensar.
Acho que se fosse por isso talvez não teriam inventado internet (coisa que eu amo), seriam mais rigorosos, bem mais padronizados. Cortes de cabelo, roupas (ou sem né), tudo exatamente igual ou bem parecido.
Quase robôs, de tão identicos. Gestos, olhares, manias... Banalização.
Ainda bem que passamos da era do fordismo. Tudo preto e em grande quantidade. [risos]
Bem, contando que antes disso as pessoas já se vestiam bem parecidas na Europa... não é muita novidade.
Mas em pequenas coisas sempre temos algo em comum. Por exemplo: todos procuram ser felizes, fazer as coisas darem certo, ter uma boa situação financeira e amorosa (pelo menos a maioria né).
No final de tudo, também não somos totalmente opostos quanto pensamos ou talvez não tão próximos nas preferências. Mas temos a certeza de que ficamos suficientemente no mesmo nível quando respeitamos as diferenças de cada um.

sábado, 9 de janeiro de 2010

"Eu, eu, EU!"

Hoje fui com minha mãe no Shopping comprar um vesitdo, uma sandália e uma roupinha para minha prima que acabou de nascer. Consegui apenas comprar um vestidinho para a Hannah, a nova integrante da família. Do resto que estava na lista, nada me agradou.

Me bateu uma coisa agora... Escrever sobre isso. A pessoa acaba de chegar na nossa família e já ficamos apegados com a sua fofura, suas bochechas, seu sorriso. Ela nem precisa falar, andar, ou fazer qualquer coisa engraçada. Basta olhar para ela, mimá-la, esperar que ela cresça e se torne uma boa pessoa para podermos nos orgulhar da família. Estranho, não?! Mas isso é inconsciente. O fato é que geralmente as pessoas se "gabam" das realizações dos outros. Como a nota 9,0 do filho na escola, se ele domina esporte ou mesmo se tem um emprego muito bom, contatos e até mulheres a sua disposição.
Interessante pensar dessa forma. Pq conheci pessoas que diziam: "E vou me orgulhar pq? Não é a minha realização" Bom... e não é. Mas a questão é que ou as pessoas se orgulham de tudo no que são boas e no que possuem, que chegam a atropelar e passar por cima das outras. Ou as pessoas simplesmente não ligam.
É tão... "8 ou 80". Ou uma coisa ou outra totalmente diferente.
Mas a verdade seja dita, a maioria se importa muito com o que os outros tem e pensam. Sempre querem ser as melhores, "contar vantagem" e estar no topo. Tem gente que até conta vantagem de derrota. E não é brincadeira. Uma vez eu estava na sala de aula conversando com os amigos. Eles estavam falando sobre bebida. Um colega disse assim: "Ahh... eu fiquei tão, mas tão chapado que subi em cima da mesa e comecei a dançar" E o outro, pra ficar por cima falou: "Cara, e eu? Bebi tanto que quase entrei em coma alcoólico! Tive que tomar glicose!" E eles riam, um querendo mostrar que fez mais besteira que o outro na festa.
Às vezes o ego de algumas pessoas é tão grande que elas querem ser melhor em tudo. Simplesmente tudo.
Demonstrar que "fazem e contecem", são "fodas". Olha o ponto em que o ser humano chegou; decadência total. Os limites já não existem mais. Pessoal vai para uma festa para beber mais que os outros, "pegar" mais mulheres e fazer mais bagunça do que qualquer outro. A linha de pensamento está em você curtir o momento mais que todo mundo.

Sabe, posso estar um pouco enganada... mas acho que não. "Eu, eu, EU!"
Desde pequenas coisas as pessoas demonstram o tamanho de seu ego. Isso influi no que a pessoa faz, no que ela pensa(claro) e na questão de princípios, como no paragrafo anterior(que é o pior de todos).
Aliás, que princípios são esses? Você chega e faz o que quer e ainda sai como o maioral?
Pois, então... Pense e repense... Seu ego é maior do que você, do que a sua barriga? Você tem pensado nos outros primeiro?(claro, isso também inclui "ego")

E, uma coisa interessante... umas aprendem com as outras. Seja no exemplo, no ato. Geralmente esse tipo de pessoa com problemas de ego inflável é o mesmo que não consegue ser humilde em nada.(Redundância? Nem sempre.) E outra coisa interessante... Não sei como acabar este post, pois não sei como solucionar o problema dessas pessoas a não ser na "marra" da vida.(Risos) Preciso que deem sugestões alternativas.
Psicólogo? Será que isso resolve? Depende... Até pq a resposta geral dessas pessoas seria: "Não preciso."
É, os tempos mudam. Como minha avó e mãe diziam: "O mundo está mudado." Os próprios filhos não respeitam mais os pais, não seguem seus conselhos.
Bom, se eu continuar aqui divagando vou acabar saindo do foco... são infinitas veias dessa conversa que criam polêmica e que regem o ser que nós somos. Então irei direto ao ponto. Como já tinha escrito antes: "Desde pequenas coisas as pessoas demonstram o tamanho do seu ego." E você percebe isso logo de cara. (Curiosidade: Você sabia que sua opinião sobre uma pessoa se forma nos primeiros 4 segundos?)
Enfim... é isso. Cada coisa que você faz, pensa etc interfere na sua moral e princípios(e isso tudo pode estar relacionado com o Ego). Não aguarde que os outros lhe ditem isso, pois vão. O mundo está aí pra quem quiser ver. É como um parque de diversões com vários brinquedos, só que de graça. Você não precisa fazer parte dele, ser um alienado. Fazer o que lhe dizem, ser do modo que querem.



* Essa postagem foi um misto de ego e revolta contra pessoas que não pensam por si mesmas*

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A Carta

— Sabe, um dia tudo perde a graça.
— É verdade...
— Tudo em volta deixa de crescer e começa a migrar. O que ficou começa a escurecer e por fim, morre.
— Mas pq isso agora? O que houve?
— Estou fadigado.
— Normal, todo mundo fica pelo menos uma vez. Devemos sempre nos lembrar é de que vai mudar.
— E quando a esperança lhe faltar? E quando não lhe restares nada? Nenhuma arma, nenhum argumento!
— Mas sempre há alguma coisa!
— Pois eu sinto que não. Estou cansado. Não quero mais lutar.
— Que isso! Olhe em volta! ...Me diga o que vê.
— ...Vejo um abismo.
— Hum... continue.
— Vejo que me encontro lá. Cercado de cacos de vidros, de pedras e de corpos.
— Na verdade ali só tem água.
— Você pediu pra perguntar o que eu via.
— Sim... Bom... Mas eu estou te corrigindo.

— Não há mais tempo para isso. Não há mais nada que me prenda nessa vida.
— E seu filho? Sua mulher? Sua empresa?

—  Nada mais importa. Sempre traí Susana. Poucas vezes dei atenção ao meu filho. E na minha empresa... Faça um favor a mim.
— Qual?
— Escreva uma carta.
— Você só pode estar maluco!
— Para falar a verdade, sinto-me assim. Maluco.
— Mas quanto drama! Parece até que estou num filme!
— ...Escreva uma carta.
— Para quem? Todos já se partiram!
— Sim, verdade.
— ...Então?
— Mas nem todos se foram.
— O que você está querendo dizer com isso??
— Eu já parti. Não me sinto mais neste mundo. Não aguento mais sentir dor. Preciso descansar, ir para um lugar onde isso não exista.
— Mas você não pode ir! Somos um só, esqueceu?
— Claro que não me esqueci. Não há como.
— Então! Se você for, terei de ir junto!
— Não há escolha. Já tomei minha decisão.
— Pense melhor...
— Hum... Já tive tempo o suficiente para pensar. Aliás, quem faz isso sou eu! Você não tem escolha.
— Então está bem, se você não vai mudar de ideia... o que posso fazer em seu último pedido?
— Escreva a carta.
— Mas pq uma logo uma carta??
— Pq quero me lembrar do que vivi nesse mundo. Tudo o que vivi de bom, o que me fez feliz, me fez sorrir. Coisas que aprendi, como me emocionei no nascimento do meu filho... e todo o resto que me trouxe felicidade até hoje. ...Ah!! ...Mas não ouse escrever sobre angústia! Quero recordar apenas momentos alegres, nem que sejam pequenos. ...Pq do outro lado não há espaço para sofrimento, pesares e arrependimentos.

E assim ele foi dando instruções, para que cada coisa e cada palavra fossem planejadas. Afinal, ele temia que não fosse se lembrar de tudo o que um dia foi importante para ele. E então seu companheiro relatou tudo o que acontecera com seu amigo. Longa, esta carta, falava sobre todos os momentos de passara sorrindo, alegre e aparentemente feliz. Viagens, prazeres de todos os tipos, festas, pescarias... Sr. Antônio até inventou casos que os dois tiveram com meninas simpáticas na juventude.
Comentou sobre como eles quando criavam histórias, escreviam e se fantasiavam de heróis na infância.
 Mas, na sua descrição, ele cometeu apenas um erro, e o mais grave dos erros. Não escrevera mal a carta, pelo contrário. Mas a escrevera errado.
Sr. Antônio citou "momentos de felicidade" ao invés de "momentos de prazer". Aliás, como saberemos distingui-los? O que a mente interpreta como prazer e a felicidade, qual a barreira entre elas? O corpo pensa como felicidade o que a mente pensa como prazer e vice-e-versa? Bom, talvez.


A questão é que agora não importa mais. Antônio estava morto. Mas não tanto quanto Sr. Antônio. Antônio um dia foi feliz e morreu de tristeza. Tinha tudo o que queria, mas não precisou esperar o final de sua vida para tomar certa desisão: queria morrer. Já seu companheiro, sempre conseguiu o que quis e morreu por consciência. Tinha uma vida altamente confortável, possuía carros, casas, terrenos de alto valor e uma empresa que lhe dava muito lucro, enquanto levava uma vida de pecados camuflados.
Antônio era sua mente; cansada, angustiada, praticamente mórbida. Estresses, preocupações, interesses. Sr. Antônio era seu corpo, seu fiel amigo de todos os dias. Era com quem realizava seus devaneios, vontades e presenciava as amarguras de pesares.

Acabada a carta, ouviu-se um *Glup*, um tipo de mergulho, só que mais brusco, violento.
Sr. Antônio se jogara. E este era seu fim. Triste fim.

No final das contas a carta não foi entregue. Antônio pensara que estava sonhando, mas um tipo de sonho bem real, um pesadelo. Estava só e se lembrava de tudo o que acontecera na sua vida (da qual se arrependeu da maioria) Sr. Antônio estava junto a ele, mas dilacerado. Quase não respondia mais. E os dois estavam juntos novamente. Não havia alegria, como ele pensava. Mas, sim, todo o tipo de dor que evitara.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Feliz ano novo... atrasado e atrasado.



Outro dia meu colega (também) de Blog postou sobre o ano novo, comentando;
"Nesses dias percebo o qto esperamos os fins das coisas... naum comemoramos apenas o inicio do ano... mas o fim dele... como se a cada ano começassemos como mariposas e terminassemos lagartas, onde em um dia queremos voltar ao nosso estado anterior..."

Sinceramente, não discordo. Até pq nosso inconsciente nos leva a isso. Discuti alguns pontos de vista com ele... e depois pensando a respeito, concluí que às vezes as pessoas querem se afastar de algo que no futuro estarão vivenciando novamente. interessante, não?! Pois é... eu estava comentando com ele sobre rotina, a rotina das coisas.
(Incluindo o papo de que cada um tem a sua filosofia - ele preferiu a de boteco, eu a de donas de casa experientes) Como tudo é tão monótono, e quais tipos de rotina existem. Que, por sinal, são duas; a rotina estressante/enjoativa e a nova rotina.
A primeira delas consiste em, como já foi dito, numa rotina enjoativa, cansada. Algo que geralmente você já esteja praticando, e com o tempo, tornou-se banal ou até quase insuportável. Já a segunda rotina, a "nova", na maioria dos casos é uma situação pela qual você ainda vai passar ou está passando e (ainda) não se fadigou dela.
O mais interessante (ou não) é que a rotina nova muitas das vezes se converte na primeira rotina citada.
Mas... voltando ao foco "Feliz ano novo"... será que você gostaria de passar (algum tipo de dificuldade) ou aparentemente retroceder na sua vida, como se aquele obstáculo não tivesse sido ultrapassado? Digamos nem que seja uma rotina, até pq, elas sempre irão existir ...E além do mais, a própria vida é uma rotina. Trabalhar quase todos os dias, sair ou não nos finais de semana, arranjar novos hobbys, fazer novas expectativas, viajar para lugares diferentes... mas viajar. É tão previsível.

Isso é sair da rotina? Fazemos isso todo santo ano! Todo santo dia! Ou seja, de alguma maneira sempre voltamos a mesma estaca zero e começaremos uma nova rotina. Seja ao começar um novo emprego e querer subir na empresa, Fazer novas amizades e ganhar intimidade aos poucos etc.
Tudo está fadado a ser rotina. Tudo é uma. Tudo sempre será.
E então vc vai acabar de ler este post e vai continuar a sua vida como sempre foi, sem mudar nada ou praticamente nada. Não importa, um dia você vai esquecer. E esquecer... e esquecer das coisas... E pouco a pouco irá envelhecer e os anos terão passado rapidamente. E você? Onde estará? Com quem? Com certeza vivenciado alguma "aventura" de sua lucidez.

Sabe, pensando deste jeito... encontro vários defeitos na vida que levo e infinitas preocupações para o meu futuro. Mas, na verdade, não há mal na rotina. Você pode até estar acostumado, acordar mal-humorado, reclamar pq não melhora, mas não se apegue a isso... desde que você goste dela e desde que seja feliz com quem faça parte da sua.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Aleatoriedade

"Paladar, soneca, passatempo, música, carinho, sossego, olhos, sorrisos, palavras,
céu, vento, árvore, horizonte, sombra, calor, ar, janela, casa, livro, sonho, caminho, liberdade."

Regência

Você estava certo. Minha autossuficiência não foi embora. Ela nunca irá. Ela sou eu e eu sou ela; é como sei ser e não me privo ou me aban...