sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Romance

Sou romântica para comer. Cheiro.
Gosto de comer pelas beiradas, aguçar o paladar e lançar a expectativa.
Tenho orgasmos gastronômicos.

Tudo com que me identifico faço drama, romanceio, dou voltas e retorno ao ponto G para o clímax do sabor.

Descobri que também sou uma delícia. Parafraseando Caetano em "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", achei que só eu poderia saber, ou ao mínimo dar início a valorização da essência extraordinária, pessoal e intransferível (como escrito nos cartões de crédito), concernente à auto imagem.

Hoje me sinto tanto que posso expandir sem deixar faltar e influenciar negativamente.
Meu único atual receio é de me encontrarem, amarem.
Vai que alguém me ama mais do que eu.
To tão bem assim, em ótima companhia, bons livros e algumas folhas de papel em branco, lápis e tintas.

Satisfiz-me.

Além,
percebi que sou romântica com que gosto, provo e aprovo.
A partir daí notei que estava sendo romântica comigo mesma.
Essa foi a prova real que me refiz, aceitei e amei.

Sou romântica incorrigível.


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